A menininha vivia sonhando, vivia sorrindo, brincando na pocinha de água, em frente à varanda de sua casa. Todos os dias ela corria para a beira da praia, e observava o bater das ondas, e imaginava como algo tão grande poderia estar em sua frente.
À menininha ainda não havia encontrado o amor, ela só sabia o quanto o mar era grande e misterioso. Ela imaginava que o mar mesmo imenso tinha um limite, e dava lugar a algo maior ainda, a terra, da qual tão limpa e leve que escorria pelas mãos da menininha. Ela observava uma rosa, da qual nunca tinha visto igual, sem saber que no mundo, havia milhões e milhões de rosas iguaiszinhas.
Ela imaginava como o sol, tão grande e brilhante, ia embora e deixava em seu lugar, a formosa lua radiante, da qual iluminava as noites escuras, em que a pequena sonhadora sonhava em voar. Ela sonhava em ver o mundo de tão alto, que seria mais alto que as nuvens. Sonhava em ver o mar lá de cima, ver o tamanho que seria sua pequena casinha lá de cima.
Ela questionava-se de como se chamava aqueles grandes pássaros de ferro, que voava com toda leveza do mundo. Ela só queria voar, só queria ver o mundo como ela sonhava. Passava tardes inteiras debaixo de uma árvore, lendo contos de fadas e sonhando com seu príncipe encantado, do qual um dia ela sonhava cavalgar, em um cavalinho branco...
Todas as pessoas de sua família, diziam para ela que era impossível voar, mas impossível ainda cavalgar, mas a pequena sonhadora crescia, e nunca deixou de sonhar. E o mais importante de tudo, nunca deixou de acreditar...
